CONHECENDO OS NOVE TIPOS DE PERSONALIDADE DO ENEAGRAMA
Quando falamos em personalidade, esse conjunto especial de qualidades que define uma pessoa, há realmente muito a aprender. Conhecer a nós mesmos por meio do descobrimento de nossa personalidade pode ser o início de uma nova vida, o começo de uma verdadeira revolução!
Qual é o seu tipo e qual é o seu subtipo?
COMPREENDENDO OS NOVE TIPOS DE PERSONALIDADE
Neste artigo, trataremos sobre as principais características de cada um dos nove tipos de personalidade do Eneagrama.
Isso servirá não apenas como uma introdução para iniciantes, mas também demonstraremos alguns pontos bem interessantes para as pessoas que têm mais experiência com o sistema do Eneagrama.
Apontaremos mitos e estereótipos que muitas vezes se perpetuam sobre os nove tipos e queremos mostrar como podemos evitar que isso aconteça.
Recomendamos que, ao ler este artigo, você tenha um olhar introspectivo, olhe para si. Principalmente se você ainda é iniciante, precisa saber dessas coisas. E não considere apenas seu momento atual de vida, mas toda a sua trajetória.
Além disso, saiba que o seu tipo de personalidade está presente em todas as áreas de sua vida e não apenas em uma. Não se trata apenas de trabalho ou relacionamento, é algo que aparece em todas as áreas.
Tenha em mente também que, embora possamos ter características de todos os nove tipos, ou pelo menos de alguns, podemos nos identificar com algo de todos os nove tipos, mas um deles é realmente mais significativo e central. E as características do seu tipo são como algo mais difícil de se livrar ou de superar.
Normalmente começamos nossa explicação no número oito e não no número um, como seria esperado por todos. Mas isso tem um motivo.
É que existem três grupos de três tipos. Nosso corpo é um centro de inteligência, nosso coração é um centro de inteligência e nossa cabeça é um centro de inteligência.
Ou seja:
· Centro de inteligência 1: corpo
· Centro de inteligência 2: coração
· Centro de inteligência 3: cabeça
Isso se baseia em uma visão oriental do ser humano em que temos três centros por meio dos quais processamos informações do mundo externo. E começaremos com os tipos baseados no corpo, já que nossas entranhas se desenvolvem primeiro, antes mesmo de nascermos. Então, começamos com os tipos Oito, Nove e Um, porque esses são os tipos baseados no corpo.
Posteriormente, vamos para dois, três e quatro, que são os tipos baseados no coração, e então cinco, seis e sete, que usam excessivamente o centro da cabeça.
Para cada um dos nove tipos, cobriremos alguns traços básicos, pontos fortes e desafios. Embora seja importante lembrar que cada tipo tem pontos fortes e talentos, não queremos e não deve ser a intenção deste texto exaltar o ego.
Por isso, queremos pensar nesses tipos sempre com o objetivo de crescer além do ego. Portanto, falaremos sobre pontos fortes, porque é importante que as pessoas entendam que todos os tipos têm dons, qualidades e coisas boas. O problema é que, quando usamos demais nossos pontos fortes, tendemos a não desenvolver uma gama mais ampla de capacidades.
Vamos cobrir a experiência interna e não apenas os comportamentos externos. Daí a importância de ter um olhar voltado para si. Podemos considerar que a experiência interna e o desafio dos pontos cegos que abordaremos são quesitos essenciais para a compreensão de como melhorar seu potencial conhecendo sua personalidade.
Portanto, vamos aos 9 tipos de personalidade do Eneagrama:
TIPO OITO - O CHEFE OU O DESAFIADOR
O Tipo Oito é conhecido como “O chefe” ou “O desafiador”.
Seu foco de atenção está na visão geral, no poder, no controle, no exercício da força, na proteção dos fracos, na luta pela justiça, na verdade e na criação de ordem a partir da desordem.
Eles tendem a evitar ser vulneráveis ou fracos. Seus pontos fortes são ser diretos, poderosos, fortes, generosos, protetores dos outros, assertivos, trabalhadores, decididos e voltados para a ação.
No entanto, seu desafio é estar em contato com sua própria vulnerabilidade. Eles tendem a negar qualquer fraqueza que possam ter e a compensar expressando muita força no mundo. Eles podem dominar as situações, têm uma presença maior do que a vida, muitas vezes recebem o feedback de que são intimidadores, embora geralmente não estejam tentando intimidar, eles estão apenas sendo eles mesmos.
Indivíduos com personalidade Oito também são muito intensos de maneiras distintas. Isso tem a ver com um padrão emocional básico que eles mantêm internamente, que é a luxúria. O coração quer mais, mais e mais e então eles se tornam um pouco maiores do que a vida das pessoas.
Mas essa intensidade pode ser vista pelas pessoas de fora ou não, mas geralmente é sentida, percebida pelo Tipo Oito. O Oito também direciona essa intensidade para o que eles fazem, para os relacionamentos, e em como eles lidam com eles mesmos, seja trabalhando muito, dormindo muito, tendo muito lazer, ou o que quer que seja.
No livro de Halen Palmer, ela diz que eles são muito grandes, muito barulhentos e muito atrasados. Há muito excesso. Em níveis baixos de consciência, os Oitos podem ser combativos, podem ser muito fortes, às vezes não conhecem seu próprio impacto, podem inibir as pessoas.
Mas quando eles realmente trabalham em si e desenvolvem seus aspectos superiores, eles podem ser realmente fortes, de uma forma positiva, além de estarem muito mais em contato com sua vulnerabilidade.
Assim, eles equilibram o incrível poder que naturalmente têm com um lado mais suave e podem expressar mais sua sensibilidade e ter mais empatia com os outros.
Quando eles entram em contato com a dor, ou falta de autoconfiança, ou alguma tristeza, ou mesmo com o medo, sentem que estão ficando menores, mas sob o ponto de vista das outras pessoas, eles estão ficando mais corajosos, mais fortes, e isso até faz com que as outras pessoas se sintam bem com eles.
Para as pessoas com personalidade do tipo 8, realmente ajuda bastante lembrar que a maior força que elas podem ter é justamente a capacidade de ser vulneráveis. Se você for um Oito, e se você se abrir para a vulnerabilidade, é útil saber que nem sempre as pessoas vão lhe atacar.
Porém, a programação inicial pode fazer com que os Oito sintam que não podem deixar espaço para isso. Eles simplesmente entram automaticamente em um ímpeto de avançar, entrar em ação, em desdobrar sua força considerável no mundo.
MITOS SOBRE O TIPO OITO
Por isso, alguns dos mitos e estereótipos sobre os Oito são que eles tendem a ser agressivos, que são totalmente insensíveis. Às vezes as pessoas pensam que são totalmente insensíveis e que não têm sentimentos, mas eles têm!
Pode até ser difícil mostrar, expressar de forma direta, isso iria contra a identidade que tentam formar. Mas também, eles sofrem muito bullying por serem Oito.
Eles são interpretados erroneamente como sempre estando com raiva ou sempre buscando conflito. A maioria dos Oito dirá, inclusive, que não gosta de conflito, mas eles são bons nisso e vão enfrentar alguém se precisar.
Quando os Oitos trabalham em si mesmos e percebem como realmente se sentem vulneráveis, porque todos nós nos sentimos vulneráveis, eles podem realmente se desenvolver e expressar o aspecto superior de uma certa inocência, uma abertura para ter empatia com as pessoas e perceber o que vem do seu verdadeiro eu.
TIPO NOVE - O MediaDor oU O PacifiCADOR
O Tipo Nove é chamado de “O mediador” ou “O pacificador”.
O foco de atenção deles está nos outros, nas prioridades e agendas dos outros, em ver todos os lados de um problema, adaptar-se aos outros, às vezes em excesso, em manter o conforto e evitar conflitos.
O Tipo Nove tende a evitar o conflito porque ele acredita que isso leva à separação, consciente ou inconscientemente. Dizemos também que os Noves adormeceram para sua própria raiva. Oito, Nove e Um, além de ser o que chamamos de tríade da raiva, já que essa é sua emoção central, também são a tríade do esquecimento de si mesmo.
E o Nove realmente representa esse esquecimento de si, de diminuir sua própria agenda, até mesmo seus próprios desejos ou raiva.
Os pontos fortes do Nove são que eles tendem a ser fáceis de lidar e adaptáveis, prestativos, bons mediadores, porque são motivados a neutralizar o conflito quando ele acontece, afáveis, amigáveis, prestativos e realmente bons em construir consenso. O desafio associado a esse ponto forte é o de ter consciência da sua própria raiva, que está conectada ao poder para os Noves. E às vezes eles não sentem que têm poder no mundo para se expressar ou exercer a força que têm, porque estão muito focados nos outros.
Geralmente, no início da vida eles podem ter tido a experiência de outras pessoas terem sido mais poderosas ou terem tido mais voz do que eles. E eles podem ter sentido que foram esquecidos. Então, eles pegam o caminho de menor resistência e adormecem para os seus próprios desejos, vontades, preferências e até mesmo opiniões, seguindo o fluxo dos outros como forma de se dar bem com as pessoas, criando harmonia, o que é uma grande prioridade para eles, e evitando conflitos.
É essencial saber como tudo isso começa para os Nove. Eles perdem a energia vital que possuem quando passam a prestar muita atenção no exterior, nas demandas externas. Então, a energia diminui para eles próprios, embora eles possam ser muito ativos, fazer muito, mas principalmente para outras pessoas, para outras coisas, para a casa, para os bichinhos, mas não para eles próprios.
Quando eles precisam se concentrar novamente em si mesmos, a energia diminui. Não é fácil para os Noves se colocarem em primeiro lugar. Além disso, não é tão fácil iniciar novos processos, já que mais fácil continuar fazendo as coisas de sempre.
MITOS SOBRE O TIPO NOVE
Um dos principais mitos e estereótipos sobre os Noves é que eles podem ter baixa ação, em geral. Não é verdade! A maioria dos Nove é extremamente ativo, só que a energia cai quando eles se concentram em si mesmos ou quando começam algo novo, em geral.
É como se eles perdessem energia quando precisam se concentrar em suas próprias prioridades. Mas eles têm muita energia quando estão fazendo coisas para os outros ou trabalhando em coisas que irão criar mais harmonia no ambiente.
Outro mito é que os Noves apenas concordam com tudo. Muitas vezes eles realmente aparentam como se estivessem concordando, mas por dentro eles estão dizendo a si mesmos “Eu não vou fazer isso”. Quando outras pessoas pedem que eles façam algo, e eles podem ser muito teimosos.
Eles podem parecer passivos porque às vezes estão adormecidos para as suas próprias preferências, mas podem ser muito ativos, e nem sempre mantém, necessariamente, essa postura passiva em tudo o que fazem.
Outro mito é que algumas pessoas pensam que eles são apenas seguidores, e isso não é verdade, porque os Noves são talvez os que mais resistem contra autoridades. Eles não o seguirão, a menos que sintam um senso interno de que isso deve ser feito. E não é porque alguém é legal com você que essa pessoa está seguindo tudo que você gostaria que ela fizesse.
Os Nove muitas vezes dizem “sim” quando, na realidade, querem dizer um sonoro “não”.
É muito importante entender que os Nove podem ser passivo-resistentes ou passivo-agressivos. Eles adormecem sua raiva, mas, quando não experimentamos suas emoções conscientemente, isso não significa que elas vão embora, mas que podem vazar de outras maneiras.
E para os Noves, como eles tendem a não ter consciência da raiva que sentem, podem fazer coisas como serem teimosos, pirracentos, não tomar decisões ou apenas ficar passivos quando chega a hora de agir. Especialmente se eles sentirem que outras pessoas estão dizendo a eles o que fazer ou estão sendo desrespeitosos. Eles podem se tornar passivo agressivos, e é muito importante que os Nove estejam cientes disso.
Quando eles entram mais em contato com sua raiva, quando reconhecem sua própria agenda, quando fazem o trabalho interior necessário para se conectar consigo mesmos e com suas prioridades, eles conseguem equilibrar sua atenção entre apoiar outras pessoas e ter uma presença mais forte no mundo.
QUER SE APROFUNDAR NO ENEAGRAMA? COMECE PELA
TIPO UM - O PERFECCIONISTA OU O REFORMADOR
O Tipo Um é chamado de “O perfeccionista” ou “O reformador”.
Seu foco de atenção está no certo e no errado, na detecção do erro para corrigi-lo e veem automaticamente como as coisas não estão certas e como poderiam ser feitas mais corretamente, perfeitas ou melhore, além de serem responsáveis e éticos.
Eles tendem a evitar cometer erros, mas o que eles realmente querem evitar é serem criticados.
Muitas vezes, na infância, essas pessoas tiveram uma experiência muito dolorosa ao serem criticadas por alguém. Depois, foi como se elas tivessem pego aquele crítico e desenvolvessem um crítico interno que monitora internamente o que estão façam corretamente e sejam bons.
Alguns dizem que queriam ser um bom menino ou uma boa menina, portanto, o foco deles é fazer a coisa certa, seja fazer as coisas melhor ou ser virtuoso (a), de maneira geral.
Os pontos fortes associados à personalidade Um é que eles são trabalhadores, confiáveis, muito orientados para a qualidade, tendem a ser éticos e responsáveis e muito honestos. São pessoas de alta integridade.
Os desafios que vêm junto com isso e os pontos cegos são que eles tendem a não perceber sua raiva e, novamente, Oito, Nove e Um são o que chamamos de tríade da raiva.
Os Oito tendem a exagerar na raiva, os Nove a sublimam ou adormecem e os Uns estão em conflito com a raiva deles porque querem ser bons. Muitas vezes pensam que é ruim ficar com raiva, evitando, assim, expressá-la. Ou seja, eles acabam colocando um limite na raiva.
E o que acontece é que eles expressam versões reprimidas desse sentimento, como irritação, aborrecimento e ressentimento. Dessa forma, eles podem não estar totalmente cientes do que é emocionalmente verdadeiro para eles, especialmente quando se trata de raiva.
Relacionado a isso, eles podem não reconhecer o efeito da crítica em si ou quando outras pessoas se sentem criticadas, ou o quanto podem estar se machucando quando são muito autocríticos.
Eles também têm um ponto cego quando se trata de relaxamento e da necessidade de diversão e prazer em suas vidas, podendo ser muito sérios e não se divertirem o suficiente.
Há muitos estereótipos em nossa sociedade de que a raiva é algo ruim. Eles não querem ser maus e, portanto, não podem admitir que estão com raiva. Mas tudo começa com uma raiva interna.
Às vezes eles pensam que apenas estão aborrecidos ou irritados, mas essas são maneiras mais palatáveis de dizer que estão com raiva. E o importante para o seu crescimento é que eles se dediquem a se divertir mais, já que seu mecanismo interno é contra a diversão, tipo, “o dever vem primeiro”. É muito importante que os Uns se permitam seguir um pouco mais seus impulsos de diversão e prazer.
MITOS SOBRE O TIPO UM
Um dos mitos sobre eles é o de que fazem tudo certo. Às vezes a pessoa tem uma vida secreta, pode ser durante uma viagem, pode ser fazendo um esporte, em que ela não é tão rígida.
Algumas pessoas têm o conceito errado de que todos os Um são perfeccionistas a respeito de tudo e que cada coisa que eles fazem tem que ser limpa e ordenada. Eles podem ser perfeccionistas em uma área de sua vida, talvez sua mesa precise estar em ordem, mas seu carro pode estar uma bagunça.
Uma coisa que deve ser dita sobre a raiva da pessoa do Tipo Um é a questão do motivo da sua raiva. Por que eles estão com raiva? É porque eles estão sempre tentando fazer a coisa certa e percebem que as outras pessoas nem sempre estão.
É natural, por exemplo, alguém do Tipo Um que nunca jogaria lixo na rua, despertar sua raiva ao ver outras pessoas fazendo isso.
Ou seja, são muitas as vezes em que a sua raiva tem um bom motivo. Mas eles desenvolvem um tipo de conflito interno em torno da raiva que pode ser muito difícil, principalmente para eles, mas também para as outras pessoas ao seu redor, quando eles não se permitem ter seus sentimentos e seus impulsos.
Mas quando o fazem, quando aceitam mais seus sentimentos, entram mais em contato com a capacidade de relaxar e expressar seus instintos e impulsos, sem ter que se controlar tanto e serem tão responsáveis.
Eles podem ser leves e engraçados, podem ter uma natureza séria e trabalhadora ao mesmo tempo em que são mais divertidos, mais soltos e mais felizes.
Uma curiosidade, é que geralmente dizemos que enquanto os outros oito tipos precisam melhorar de alguma forma, dizemos que os Uns precisam piorar, além de precisarem diminuir seu perfeccionismo.
TIPO DOIS - O DOADOR OU O AJUDANTE
O foco de atenção para o Tipo Dois está em outras pessoas, semelhante às pessoas do Tipo Nove, mas eles se concentram em como as outras pessoas estão se sentindo e o que elas podem estar precisando.
Eles se concentram nos relacionamentos em geral e em obter a aprovação das pessoas. Tendem a evitar ser rejeitados, odiados ou desaprovados e seus pontos fortes são que tendem a ser atenciosos, otimistas e amigáveis, enérgicos, orientados para o serviço, prestativos e interessados nas pessoas.
O desafio maior está em conhecer, antes de tudo, as próprias necessidades. Este é um grande ponto cego para os Tipo Dois, eles geralmente não sabem o que precisam.
Às vezes, eles podem não saber como estão se sentindo justamente por não terem feito um trabalho interior, ou tentam evitar expressar sentimentos porque é desconfortável e constrangedor para eles.
Ser direto com as pessoas pode ser difícil para os indivíduos do Tipo Dois, então eles podem querer apenas fazer com que as pessoas se sintam bem e lhes dizer coisas boas, por isso têm dificuldade em oferecer um feedback construtivo.
Finalmente, outro grande ponto cego e desafiador, e é muito importante para os Tipo Dois aprenderem isso, tem a ver com o fato de que ajudar e apoiar os outros pode carregar uma intenção oculta, que é o desejo de ser indispensável e, em última instância, ter poder, controle e até mesmo manipulação.
Pode ser uma forma de desempenhar um papel na vida das pessoas que são importantes para ele. E às vezes os Dois pensam que, quando ajudam os outros, é puramente um postura altruísta, embora possa ser mais sobre criar uma posição de poder com aquela pessoa.
É útil saber que a maior parte disso vem de um padrão emocional interno que chamamos de orgulho. E o orgulho tem diferentes manifestações.
Portanto, os Dois podem sentir orgulho quando acreditam que não têm necessidades, apenas outras pessoas têm, ou que eles têm as soluções para as necessidades das outras pessoas. Ou podem sentir-se orgulhosos quando ficam extremamente felizes por ajudar os outros ou quando se tornam importantes para alguém.
Então, existe essa sensação interna de que eu preciso ser mais do que eu sou, mais do que um ser humano normal, como um super-humano, o mais importante. Existe uma espécie de comparação, e eles estão por cima.
Os Dois às vezes criam essa armadilha de criar dependência neles. Mas, na verdade, eles se tornam dependentes de que outras pessoas dependam deles porque toda a estratégia do Dois é oferecer ajuda e apoio a alguém com a expectativa tácita de que os outros cuidarão de suas necessidades de maneira recíproca. Mas isso é problemático porque os Dois, como todos nós, acham que as outras pessoas veem o mundo da maneira que eles veem e eles imaginam que isso é verdade.
Assim, eles podem ajudar alguém esperando que essa pessoa faça o mesmo por eles e, quando não o fazem, porque a outra pessoa não é um Dois e não está pensando assim, eles podem ficar ressentidos e até com raiva. Portanto, é muito importante que entendam que eles atendem às necessidades dos outros com um interesse e esse interesse pode ser um ponto cego.
MITOS SOBRE O TIPO DOIS
Um grande mito é pensar que os Dois sempre ajudam aos outros.
Inclusive, até mesmo muitas pessoas que já entendem sobre o Eneagrama e são até professores, apresentam o Dois como uma forma simplista de um indivíduo disposto a ajudar o tempo todo e que gosta de atender às necessidades das pessoas.
Isso é uma visão equivocada e rasa. Na verdade, as pessoas do Tipo Dois estão em busca é de conexão, de amor. É aqui que entra o orgulho, é quase como uma fantasia, ou uma ficção na qual acreditam, que podem fazer com que todos gostem deles.
Eles querem conquistar e criar laços de relacionamentos através do charme, do esforço em prol do outro. É assim que acreditam que construirão conexões positivas.
Os Dois são pessoas proativas em ajudar e isso é meio que automático. É como se na cabeça deles passassem pensamentos como “essa pessoa vai depender de mim ou gostar tanto de mim, que ela vai cuidar de mim automaticamente quando eu precisar de alguma coisa, sem que eu tenha que pedir, é claro.”
É uma postura meio “eu ajudo você quer você queira isso ou não.” É como se oferecessem uma ajuda estratégica. Ou seja, não é altruísmo ou compaixão, e sim uma forma de buscar conexões.
Em termos dos estados emocionais essenciais, chamados de paixões, o orgulho (presente nos Tipo Dois) pode ser o mais difícil de detectar e compreender suas manifestações indiretas. Mas quando os Dois se tornam mais humildes, quando estão mais conscientes, podem realmente amar as pessoas de um lugar superior, podem ser doadores altruístas.
Eles podem ser parceiros de relacionamentos, serem pessoas que realmente se preocupam em capacitar e amar os outros.
E isso acontece mais facilmente quando eles desenvolvem a coragem de olhar dentro de seus próprios corações, para as coisas que doem, as feridas, as dores. E quando trabalham nisso, eles realmente se tornam mais bonitos e profundos de várias maneiras.
O caminho de crescimento para o Dois tem a ver com passar mais tempo sozinho e realmente aprender a mudar o foco dos outros para ele mesmo, se conectar com o que está acontecendo internamente.
TIPO TRÊS - O MODELO OU O REALIZADOR
Tipo Três muitas vezes é chamado de “O modelo” ou “O realizador”.
Este é um tipo que concentra a atenção em tarefas e objetivos, em realizações. Eles focam muita atenção no trabalho, na criação de listas de coisas para fazer, liderar sua audiência e descobrir o que essa audiência considera atraente, admirável ou bem-sucedido.
“Qual é a imagem de sucesso que preciso criar para ter influência sobre essas pessoas?” E criar uma imagem de sucesso com base na leitura de um determinado público.
Eles evitam o fracasso a todo custo, e evitam serem vistos como ineficazes, inúteis ou incompetentes. Os pontos fortes associados ao Tipo Três são que eles tendem a ser muito realizados e bem-sucedidos.
O Tipo Três é bom em alcançar o sucesso porque é muito bom em dividir o caminho para o sucesso em etapas e metas. Eles se concentram em objetivos como um feixe de laser. E o caminho para a meta é o que está realmente em primeiro plano, o que eles estão pensando o tempo todo.
Se eles cumprem a meta, e eles cumprem meta após meta, acabam alcançando todos os resultados que focam em alcançar. E isso os torna grandes empreendedores, faz com que tenham um bom desempenho.
Você vê muitas vezes indivíduos do tipo de personalidade Três em altos níveis de organizações. E há pessoas que realmente sabem se encaixar em qualquer situação.
Eles são metamorfos que podem, de uma forma camaleônica, transformar-se em tudo o que precisam ser para serem admirados em diferentes contextos.
O desafio associado a esse tipo de personalidade é que, quando ele muda sua apresentação, sua imagem, dependendo de quem está com ele e do que está tentando realizar, ele perde o contato com quem realmente é, com suas verdadeiras emoções, com o que realmente quer. Assim, ele investe muito foco e energia para criar uma imagem, que pode estar mudando o tempo todo. E, novamente, isso é muito automático e inconsciente para o Três.
Mas essa tendência de mudança o leva a não estar conectado ao seu verdadeiro eu, a quem ele realmente é e a como realmente se sente. Outro desafio é a incapacidade de desacelerar ou parar, já que os Três estão sempre em movimento. Eles são os grandes workaholics do Eneagrama.
E pode ser difícil para eles pararem, pode ser difícil para eles se dedicarem ao autocuidado, para encontrarem o equilíbrio entre trabalho e vida. Também pode ser difícil perceberem que o fracasso pode ter valor, evitando qualquer sinal de vulnerabilidade nas coisas que fazem e enxergando o fracasso como uma experiência de aprendizado.
As duas coisas principais a observar se você é um Três são:
1- A autoilusão ligada ao que você chama de metamorfose, ou adaptação, que não é opcional. Ela acontece automaticamente, naturalmente, sem esforço. E é difícil não fazer isso. É quase impossível não fazer isso. Alguém que se adapta o tempo todo perde de vista sua própria identidade.
2- O quão difícil se torna parar. Embora seja difícil parar, em geral, nas sociedades modernas, apenas os Três podem ter a sensação de que estão morrendo quando param porque todo o sentido de ser alguém e ter valor vem do que fazem e não de quem são
Portanto, é muito importante observar esses dois aspectos.
Uma história que frequentemente ouvimos sobre os Três é que eles realmente não encontraram um caminho de crescimento até que tiveram algum tipo de colapso. Muitas vezes é uma doença ou um ferimento, ou um dia eles acordam e não conseguem sair da cama.
Isso realmente os leva a fazer alguma reflexão interior porque eles entram no caminho de cumprir a próxima meta e alcançar a próxima coisa que desejam alcançar, e pode ser muito difícil desacelerar, abrir espaço para os sentimentos e realmente apenas ser.
MITOS SOBRE O TIPO TRÊS
Bem, uma coisa é dizer que os Três não sentem. Isso não é verdade. Os sentimentos estão sempre os rondando porque eles são o centro da tríade emocional no Eneagrama. Agora, o que eles fazem é, quando os sentimentos vêm, eles inconsciente os afastam.
Eles são tipos emocionais, são na verdade o ponto central da tríade emocional. E eles são bons em, muito inconscientemente, abaixar o volume dos sentimentos porque os sentimentos atrapalham o fazer.
O Tipo Três acha muito bom estar em movimento para que os sentimentos não apareçam. Na verdade, uma das motivações para os Três trabalharem tanto e sem freios é que, se eles fizerem uma pausa, as emoções estarão ali.
As emoções aumentarão sempre que houver uma pausa na ação. E então, é completamente falso ver o Três como não sendo uma pessoa emocional.
Quando os Três são capazes de trabalhar em si mesmos, desacelerar e conhecer quem realmente são, eles podem se tornar muito mais produtivos do que jamais sonharam, porque o paradoxo é que, quando você está em contato com o seu eu real, você pode ser mais criativo, pode encontrar um trabalho que tenha significado e propósito reais e, no quadro geral, pode realmente ser mais eficiente e eficaz, porque não está fazendo coisas apenas por causa de uma imagem ou por causa de um trabalho.
Você está fazendo as coisas porque são importantes e vêm de um ponto mais profundo. Então, quando o Três entra em contato com o coração, ele na verdade fica mais em contato com seu verdadeiro eu, com quem ele realmente é, e também tem uma satisfação muito maior com a vida.
Tipo quatro - o ARTISTa ou o ROMâNTICo
Os indivíduos do Tipo quatro são conhecidos como “O artista” ou “O romântico”.
O foco da atenção do Tipo Quatro está nos sentimentos, geralmente os seus próprios, e o Tipo Quatro é provavelmente o tipo mais emocional no eneagrama.
Eles podem nem sempre mostrar suas emoções, mas tendem a estar em contato com seu estado interior. Além disso, seu foco de atenção está no status das conexões, o quão desconectados ou conectados eles se sentem com as pessoas em suas vidas.
Eles também se concentram na autoexpressão, em ser especial ou único. Eles se concentram no que é bonito, no que é esteticamente agradável. E também no que está faltando.
Finalmente, diz-se que o Quatro tem uma mente comparadora. Então, eles fazem comparações entre si e os outros e muitas vezes se consideram inferiores ou piores do que os outros ou superiores aos outros.
O Quatro evita ser mal compreendido. Ele também evita o abandono ou se sentir comum, o que quer que pareça mundano. Eles gostam do extraordinário e não querem se sentir como todas as outras pessoas, eles querem se destacar.
Os pontos positivos associados ao Tipo Quatro são que eles são emocionalmente empáticos, muitas vezes sentem o que está acontecendo com as pessoas em um nível emocional profundo, são muito intuitivos nesse aspecto.
Eles têm um senso estético apurado e realmente sabem o que é bom ou não para eles, têm uma visão criativa muito clara e valorizam a autenticidade. O Tipo Quatro é bom quando se trata de emoções porque, enquanto outros tipos podem pensar que não é bom ser emocional, ou podem inconscientemente evitar sentir certas emoções, o Tipo Quatro é o campeão de ser emocionalmente autêntico.
Eles acreditam em algo parecido com “se você sente algo, é melhor expressá-lo. Contanto que seja autêntico, tudo bem.” Não há nada de errado com os sentimentos, as emoções são válidas e é bom ser autêntico e ser quem você realmente é no mundo.
Eles também são contadores da verdade, eles falam verdades inconvenientes ou falam a verdade a quem tem poder. Eles dizem o que está acontecendo de verdade, o elefante na sala, às vezes quando outras pessoas não querem ouvir, quando é uma verdade inconveniente. Mas os Quatros tendem a ser corajosos nesse sentido.
O que é desafiador quando você é um Quatro é ver o lado positivo do aqui e agora. Esse hábito de perceber o que está faltando pode tornar difícil ver o que é bom, o que está acontecendo e que está realmente funcionando muito bem e também assumir suas próprias qualidades positivas.
O Tipo Quatro pode ter uma crença, inconsciente ou consciente, em sua própria deficiência ou inadequação. Pode sentir que não é tão bom quanto as outras pessoas. Além disso, pode ser desafiador gerenciar suas fortes emoções. Eles podem tender a ter altos e baixos emocionais.
Às vezes, suas emoções podem ficar muito fortes, de modo que seus relacionamentos podem ficar problemáticos. Portanto, devem ser ajudados a aprender a superar suas emoções e encontrar mais equanimidade.
A mente comparadora precisa ser entendida corretamente, porque é dela que nasce muitas características das pessoas do Tipo Quatro.
Quando se comparam, estão colocando atenção no que está ausente, no que não está presente, no que eles não têm ou não estão vivenciando. Eles precisam entender que desenvolvem uma impressão, que pode não ser precisa, de que outras pessoas têm algo melhor do que eles.
Portanto, a comparação é bastante constante. Enquanto todos nós nos comparamos e nos colocamos em segundo lugar, os Quatros fazem isso o tempo todo. E muitas vezes, não estão em segundo lugar, mas se colocam por último.
Ou eles fazem algo a respeito, por causa dessa comparação, por essa sensação de que falta algo. Ou eles podem reclamar e ir contra a outra pessoa, também por causa dessa mente comparadora. Então, o caminho de crescimento para os Quatros tem a ver com parar de comparar, tem a ver com não competir internamente com as outras pessoas e valorizar mais o presente, não só o que desejo e almejo, ou o que eu já tive. É realmente valorizar o presente.
É muito útil para os Quatros, quando conseguem ser felizes com o que são, estar mais contentes com suas vidas.
MITOS SOBRE O TIPO QUATRO
Muitas vezes ouvimos que os Quatros são necessariamente dramáticos ou deprimidos, e isso é um grande equívoco. Eles são altamente emocionais, essa é a verdade. Mas isso não significa drama ou depressão.
Eles nem sempre reclamam, nem sempre fazem algum tipo de drama. Existem reações diferentes, e muitas vezes isso está acontecendo apenas no interior do Quatro e ninguém vê.
Em algumas culturas, ou na maioria das culturas, especialmente para os homens, você não verá muito ou ouvirá muito a pessoa agindo assim. E, novamente, o eneagrama é muito mais sobre uma experiência interna, precisamos olhar para o que está acontecendo no interior para descobrir qual é o nosso tipo, não necessariamente o que está acontecendo no exterior.
Um outro mito que surge com frequência, especialmente em fóruns da Internet, é que, se você está feliz, isso significa que você não pode ser um Quatro. E isso é um absurdo, porque há muitos Quatros que estão muito felizes e até se parecem felizes.
Uma das coisas importantes para dizer é que os subtipos, as três versões do Tipo Quatro, parecem muito diferentes uns dos outros. E se as pessoas não conhecem bem os subtipos, especialmente a abordagem de subtipos que são utilizadas pela CP, sobre as quais discorreremos em artigos futuros, elas podem não entender as variedades dos Tipo Quatro. Dois dos três tipos de pessoas com personalidade do Tipo Quatro podem parecer felizes e muito enérgicos e nada deprimidos ou melancólicos.
Às vezes acabamos estereotipando todas as pessoas de um tipo, como se fossem apenas desse subtipo específico.
É importante saber que o caminho de crescimento é muito sobre aprender a se valorizar, aprender a ver quem realmente somos e no que somos bons. Não nos desvalorizar e nem supervalorizar reativamente.
Tanto se tornar inferior quanto se ver como superior são os dois polos de um espectro, ambos sobre essa comparação. E quando os Quatro valorizam quem eles realmente são e aprendem a ver todos os sentimentos como importantes, eles não precisam dramatizar demais ou se tornar masoquistas, eles podem ser mais calmos e emocionalmente estáveis, trazendo o melhor de si para o mundo com uma compreensão clara de quem eles são.
Eles tendem a passar muito tempo, em alguns casos o tempo todo, dentro de si mesmos. Principalmente no coração, nos sentimentos e na experiência que têm consigo mesmo, são bastante autorreferenciais.
Mas quando os Quatros aprendem a sair e vivenciar a realidade que está acontecendo sem voltar para interpretar isso, muitas coisas boas acontecem com eles. Como colocar a atenção do lado de fora sem voltar ao coração, eles vivem mais do externo, onde as coisas estão realmente acontecendo.
Ou seja, coisas boas vêm quando são mais objetivos e interpretam menos seu mundo através de uma lente subjetiva, com base em seu estado emocional ou no que eles acreditam ser verdade sobre si mesmos.
As emoções podem ser muito boas, lindas e nossa vida não vale a pena se não for sentida. Mas, por outro lado, se for tudo sobre emoções, também não está ok. Há uma superidentificação com as emoções, assim como se houvesse uma superidentificação com os pensamentos, isso também pode ser ruim.
Então, não é verdade que “eu sinto, logo existo” e que tudo precisa ser sentido. Às vezes, só preciso acompanhar as coisas que estão acontecendo lá fora.
TIPO CINCO - O OBSERVADOR
O Tipo Cinco é conhecido como “O observador”.
O foco da atenção do Tipo Cinco é adquirir conhecimento sobre dados e informações, gerenciar recursos como tempo e energia e observar as coisas que estão acontecendo à distância. Certificando-se de que eles têm espaço para processar e pensar sobre o que está acontecendo, geralmente mais confortavelmente quando estão sozinhos.
Eles evitam ter sua energia esgotada e várias experiências que eles têm, muitas vezes com outras pessoas, podem parecer esgotantes ao invés de restauradoras.
Os Cinco podem sentir-se desconfortáveis em compartilhar informações pessoais ou em se envolverem emocionalmente demais com outras pessoas. Eles tendem a se desligar automaticamente da emoção e, novamente, este é um processo inconsciente, e vão mais para dentro de suas cabeças, onde se sentem muito mais confortáveis, focando na análise e sendo objetivos.
Seus pontos fortes são que tendem a ser independentes e autossuficientes, muito analíticos, perspicazes, objetivos, porque são muito bons em separar automaticamente os sentimentos de outras coisas e focar nos fatos.
Além disso, eles valorizam e respeitam os limites, na maioria das vezes, porque querem ter o seu espaço pessoal e isso é muito importante para que possam dar espaço para os outros com facilidade. Os desafios ligados a ser Cinco têm a ver com o fato de que eles se desconectam da emoção, pode ser difícil para eles sentirem suas emoções, principalmente na presença de outras pessoas, e expressá-las no momento em que acontecem.
Há um equívoco de que os Cinco não têm sentimentos, mas é claro que eles têm sentimentos, apenas se sentem mais confortáveis em vivenciá-los em particular. Além disso, a necessidade dos outros de ter relacionamentos nutritivos e energizantes pode ser um ponto cego para os Cinco.
Eles podem ver as interações com as pessoas como uma forma de tirar energia deles em vez de dar-lhes algo. Eles podem temer a abundância quando se trata de amor e conexão e sentem como se nunca tivessem privacidade ou independência suficiente, porque essa é a verdadeira zona segura para eles.
Os Cincos inconscientemente desligam os seus corações, tanto para receber quanto para dar. Mas isso significa que, no fundo, desenvolvem uma disposição para receber mais, para se conectarem, porque começam a sentir muita falta disso.
Existe toda uma sensibilidade interior que eles não mostram às outras pessoas, já que são tão sensíveis tanto às pessoas invadindo seu espaço quanto às que se afastam. E mandam mensagens que não são fáceis de entender.
Às vezes querem que as pessoas se aproximem, mas quando o fazem, ficam com medo e fazem coisas que trazem um sentimento de afastamento para essas mesmas pessoas. Mas muitas vezes não é pessoal, embora as pessoas enxerguem como se fosse.
Os Cincos também têm essa qualidade de abrir o coração no momento, mas processando todos os sentimentos que eles têm quando estão sozinhos, o que pode levar horas, meses ou anos, e isso é quase que imperceptível para as outras pessoas. Para essas pessoas é muito difícil compartilhar emoções.
Outra coisa crucial a entender sobre Cincos é que existe tristeza por estarem sozinhos, e geralmente há um mal-entendido sobre isso, já que as pessoas pensam que os Cincos gostam de ficar sozinhos.
É verdade, é um momento lindo para um Cinco estar em sua própria companhia e de ninguém mais. Mas, ao mesmo tempo, eles sofrem com a falta de conexão. Parece mais como não ser capaz de ficar conectado do que realmente não querer e é comum ver algumas pessoas do Tipo Cinco relatando um sentimento de estranheza social.
MITOS SOBRE O TIPO CINCO
Algumas pessoas acreditam que os Cincos são indiferentes ou arrogantes, ou completamente insensíveis, sem emoção. E, claro, isso não é verdade.
Às vezes é difícil porque quando os Cincos não apresentam o que está acontecendo dentro deles, eles não dizem nada, é fácil para as pessoas projetarem suas ideias sobre o que está acontecendo com eles nessas situações.
Então, às vezes as pessoas não percebem que os Cinco são hipersensíveis. Parte da razão pela qual eles precisam de tanto espaço é porque são muito sensíveis às outras pessoas e, normalmente, longe de se sentirem indiferentes ou arrogantes.
Pode haver mais uma sensação de constrangimento ou desconforto em se compartilhar com os outros, o que pode levar a uma necessidade de retirada, o que pode parecer, para alguns de nós, que os Cinco não se importam conosco. Essa é uma situação difícil.
Portanto, é um erro dizer que eles não sentem. O que acontece é que eles têm dificuldade de compartilhar seus sentimentos.
Além disso, as pessoas não sabem até que ponto os Cinco podem se desconectar e a importância da privacidade para eles. Mas não entenda isso como “ah, posso ser um Cinco porque às vezes gosto de privacidade”. Esse não é o caso de um Cinco. Cincos não gostam de privacidade, eles precisam dela. E não é às vezes, é todo dia, várias vezes ao dia. E se eles não têm privacidade, eles a criam.
Mesmo quando estão acompanhados, eles têm a capacidade (ou necessidade) de criarem essa situação de privacidade. Sim, é totalmente possível desaparecer e ir embora estando fisicamente presente em algum lugar.
Os Cinco se desconectam pensando no que está sendo dito e criando ideias sobre isso, ou pensando em todas as causas e consequências. Portanto, há uma grande desconexão pelo uso excessivo da cabeça.
Cincos crescem sendo um pouco mais práticos e um pouco menos filosóficos, às vezes sendo pessoas que buscam a conexão e avançam com um pouco mais de entusiasmo e energizados. Além disso, é muito importante para todos os Cincos estarem conscientes de seu distanciamento das emoções como resultado de muita desconexão ao longo da vida.
Os Cincos costumam preencher o vazio da desconexão colocando mais e mais conhecimento e informações em sua vida, mas na verdade isso não preenche o espaço que tem a ver com emoções e pessoas. Então, estar em contato com essa tristeza por dentro e não se desconectar dela é essencial, embora doloroso. Porque quando eles entram em contato com aquele lado que se sente solitário, que se sente mal, começam a mudar.
TIPO SEIS - O ADVOGADO DO DIABO ou O CONTRARIADOR ou O CÉTICO
O Tipo Seis também pode ser chamado de três formas diferentes: “O advogado do diabo”, “O contrariador” ou “O cético”.
O foco da atenção do Tipo Seis é observar ameaças e riscos potenciais. É como se estivessem escaneando o horizonte em busca do que pode dar errado para que possam se preparar para tudo que pode acontecer.
Preparam-se para problemas que podem surgir e os resolvem com antecedência, mesmo antes que eles apareçam. Eles podem ter problemas com autoridade, testam as autoridades porque são sensíveis à dinâmica de poder. Pessoas que têm poder podem ser um risco se não usarem esse poder com sabedoria.
O Tipo Seis costuma evitar estar despreparado diante das ameaças, pode pensar em termos dos piores cenários e estar sempre focado em ter planos de backup ou de contingência, caso o pior aconteça. Os pontos fortes são que os Seis são seres analíticos e perspicazes, são bons solucionadores de problemas. O que é complicado, porém, é que quando você é realmente um bom solucionador de problemas e muito bom em prever problemas em potencial, pode se tornar um buscador de problemas e, às vezes, os Seis são percebidos pelos outros como excessivamente negativos ou pessimistas, porque estão sempre achando brechas nos planos, ou questionando o que está acontecendo, ou pensando em algum cenário negativo que poderia ocorrer caso se siga a rota atual.
O que os Seis diriam sobre isso, entretanto, é que eles não são pessimistas, mas realistas. Que eles estão pensando em termos do que realmente poderia acontecer e sua intenção é frequentemente ajudar as pessoas, ajudando-as a ver o que pode dar errado para que isso não aconteça e os problemas sejam resolvidos com antecedência.
O desafio para o Seis é ter mais fé. Seis têm dificuldade em confiar nas pessoas, às vezes em si mesmos. Portanto, precisam aprender a ter fé nas coisas em vez de sentir que precisam controlar tudo. O Seis é o ponto central do medo e, portanto, frequentemente eles sentem medo ou ansiedade. Isso pode ser consciente ou inconsciente, dependendo do subtipo, geralmente.
Portanto, aprender a confiar em si mesmo e nos outros pode ser um caminho importante para eles. Mas também é importante dizer que o Tipo Seis varia muito dependendo do subtipo. Lembrando que o subtipo significa que há três versões diferentes de cada um dos nove tipos, dependendo de qual dos três instintos ou impulsos instintivos é dominante em sua experiência. E é quase difícil falar sobre um Tipo Seis porque os três Seis, semelhantes aos Quatro, são tão distintos um do outro, que pode ser difícil dizer que esta ou aquela característica se aplica igualmente a todos os Seis.
Por exemplo, os Seis do subtipo autopreservação, que podemos dizer que é um Seis mais fóbico ou medroso, seu desafio é construir confiança e não projetar seu poder sobre os outros, mas retomar seu poder pessoal e aprender a expressar mais agressividade. O Seis contrafóbico, às vezes chamado de Seis um-a-um ou Seis sexual, é o Seis que realmente precisa entrar em contato com a vulnerabilidade e o medo, porque muitas vezes agem para enfrentar ameaças.
Como costumamos dizer que as diferentes reações ao medo são lutar ou fugir, as três versões do Tipo Seis representam essas diferentes reações, respostas ou estratégias de enfrentamento ao lidar com o medo. Enquanto o Seis fóbico quer fugir, o Seis contrafóbico, ou Seis um-a-um / sexual quer lutar. Ele se move em direção à fonte do medo, encara os desafios com força e às vezes intimidação. E há um terceiro Seis, o Seis social, que apresenta uma espécie de mistura de respostas fóbicas e contra fóbicas e, basicamente, procura uma boa autoridade para saber o que fazer.
Novamente, falaremos sobre os subtipos em outros artigos. Mas é importante mencionar neste ponto apenas porque esses três Seis podem ser muito diferentes.
Os Seis se beneficiam muito quando percebem como projetam seus próprios medos sobre tudo e todos. Portanto, a raiz do medo não está fora, mas dentro deles. O medo é um fato, diferente das outras pessoas, não é medo de alguma coisa, é medo, ponto final. O medo é a emoção dominante, para todos os três subtipos de Seis que descrevemos acima.
Então, porque eles sentem medo, eles saem e começam a procurar razões, razões potenciais para estar com medo, e veem isso nas pessoas que podem ser ameaçadoras, em situações que podem ser desafiadoras e assim por diante.
Se um Seis se tornar capaz de voltar para seu interior, ficar em contato com o medo e agir apesar dele, haverá coragem. A propósito, coragem não é a ausência de medo, mas a capacidade de ficar com medo e ir em frente apesar do medo. Sem reagir no modo de luta ou fuga, mas apenas permanecendo com o medo.
MITOS SOBRE O TIPO SEIS
Um dos mitos é que os Seis estão sempre falando sobre problemas ou sendo negativos e que são mais “do contra”. O que significa que, se alguém começar a falar de problemas, ele vai começar a falar de coisas boas, ou mesmo soluções.
Existem muitos treinadores de futebol do tipo Seis. Eles conseguem manter aquela postura mais tranquila nas derrotas, pois confiam que melhores momentos virão. Por outro lado, quando a equipe está ganhando, eles focam nos problemas, eles estão tentando investigar o que está por trás de qualquer situação boa. É um pouco assustador ter sucesso, e muitas vezes eles bancam o advogado do diabo.
É por isso que eles podem ser bastante autodepreciativos algumas vezes. Mas, um aspecto positivo, é que os Seis têm uma maneira bem-humorada de ser, muitas vezes eles não têm grandes egos e podem ser pessoas humildes.
Outro mito é que o medo associado ao tipo Seis os torna de alguma forma fracos ou covardes. Mas a maioria dos Seis que você encontra na vida real são, na verdade, muito fortes, e isso se dá pelo fato de que eles tendem a ser calmos em crises. Porque eles estão tão acostumados a pensar no que pode acontecer que, quando as coisas realmente acontecem, eles podem ser bastante fortes e ousados, porque eles têm um tipo de prontidão. E às vezes eles subestimam sua própria força, embora ela sempre esteja lá.
Os Seis têm um pouco mais de dificuldade em encontrar seus tipos porque questionam isso. E eles acreditam que não são exatamente assim, eles tentam ver as exceções primeiro, ou o que não é muito preciso, ou descobrir se eles estão apenas sendo encurralados por seus pensamentos e ações.
Validação, reafirmação. É muito importante entender esse aspecto de muitos Seis. Não se trata de equívoco, mas acho que às vezes as pessoas simplesmente pensam que são muito inseguras, mas estão na verdade testando os perigos, as inconsistências e assim por diante.
Quando os Seis fazem o trabalho de entrar em contato com seu medo e conseguem estar mais perto dele, aprendem a resgatar todas as suas qualidades, o que os torna fortes e corajosos. Eles podem ser pessoas humildes, mas ao mesmo tempo muito empoderadas.
TIPO SETE – O EPICURISTA, O VISIONÁRIO ou O AVENTUREIRO
“O epicurista” ou “O visionário” ou “O aventureiro”, assim são conhecidos os indivíduos de personalidade do Tipo Sete.
O foco das atenções para os Setes está no futuro, no planejamento da diversão e prazer, em olhar o que é positivo e até mesmo reenquadrar os negativos em positivos, no que é realmente interessante ou estimulante para pensar e experimentar. Em ter múltiplas opções para evitar restrições ou manter um senso de liberdade e liberdade de escolha. Eles evitam a todo custo que sua liberdade seja limitada ou restringida de qualquer forma.
Eles também evitam, e isso pode ser um grande ponto cego para os Setes, ter sentimentos dolorosos ou desconfortáveis. Parte do foco no que é positivo é um impulso inconsciente para evitar sentir dor. E quando nos referimos à dor, pode ser ansiedade, pode ser uma ferida, pode ser qualquer sentimento negativo que os Setes podem temer.
Muitas vezes inconscientemente, eles sentem que, se permitirem que esse sentimento entre, ficarão presos nele para sempre. E os Setes podem não se relacionar com o medo, embora estejam na tríade centrada no medo. Cinco, Seis e Sete, os tipos mentais, têm como emoção central o medo. Eles têm medo de sofrer, e isso não é muito consciente.
Seus pontos fortes são que tendem a ser otimistas e entusiasmados. São inovadores, pensadores fora da caixa, tendem a ser aventureiros, adoram sair de férias, planejar uma viagem, viajar para lugares diferentes. Eles amam a diversão, são orientados para o futuro e podem ser verdadeiros visionários.
O desafio, no entanto, é lidar com o valor da dor, o valor de sentir-se desconfortável. No fato de não se aproximar da dor está algo que o Sete está evitando, que o está fazendo ter dificuldade em se concentrar ou que o leva a querer se distrair. É também importante aprender a viver dentro das limitações, aprender a focar.
Às vezes, os Sete podem ter dificuldades em se concentrar em uma coisa de cada vez porque dizem que têm mente de macaco, pula e pensa em muitas coisas diferentes ao mesmo tempo. Mas quando podem se envolver mais em suas emoções mais sombrias e aprender a estar mais no presente, isso os ajuda.
É central a tendência de eles buscarem múltiplas opções, múltiplas alternativas para tudo o que fazem, como a busca pela liberdade e por não se sentirem presos a apenas um tipo de ação. Portanto, os Setes se certificam de manter as possibilidades em aberto.
Mas isso tem um custo. Porque fica difícil terminar projetos quando o prazer não está mais presente, e eles às vezes pulam de um lado para o outro. É essencial entender isso sobre os Setes, porque muitas outras coisas vêm daí, inclusive o pensamento positivo, porque querem manter as opções abertas, ficam entusiasmados com tudo o tempo todo, porque estão sempre mudando.
Se os Setes querem mudar para melhor, eles precisam parar de mudar tanto. Então, é importante entender que essa é uma limitação que eles têm. Eles odeiam limites, mas isso os limita. Outra coisa importante a entender é que os Setes evitam a dor por meio do planejamento de suas vidas, o tempo todo, de maneiras que evitarão sofrimento e dor.
Eles precisam receber a vida como ela é com mais frequência e viver o que a vida está trazendo, literalmente, em vez de tentar viver apenas o lado bom da vida.
MITOS SOBRE O TIPO SETE
Há um grande problema em pensar que os Setes são apenas otimistas. Sim, eles parecem muito otimistas e se comunicam com otimismo, mas por dentro podem ser muito pessimistas sobre algumas coisas. Por exemplo, eles acreditam que se entrarem em contato com a dor, a dor nunca vai acabar, isso não é uma postura otimista.
Muitas vezes as pessoas pensam que os Setes são estranhos ou não confiáveis, que não podem assumir um compromisso. E certamente, alguns Setes podem ser assim, mas no geral, a maioria dos Setes pode realmente assumir um compromisso.
Muitos Setes estão em relacionamentos de longo prazo e bastante felizes. Além disso, eles querem ser levados a sério. A maneira como se comportam pode fazer com que as pessoas os considerem despretensiosos, mas não é isso que eles querem, e não é quem eles são.
Outro mito sobre eles é achar que os Setes nunca sentem dor, alguns deles podem estar abertos a isso. É um pouco como os Quatros, o estereótipo de que se você está feliz, não pode ser um Quatro. Às vezes se um Sete se abriu para alguma dor ou passou por alguma dificuldade na vida, e foi, de certa forma, forçado a se envolver com algumas emoções mais sombrias, na verdade ele pode ser bem profundo. Então, pode ser um estereótipo achar que eles não são capazes de sentir profundidade emocional.
Quando você se depara com um Sete que está realmente se desenvolvendo e evoluindo, você verá alguém que parece mais sério, que está realmente com os pés no chão e que está fazendo algumas coisas por vez. Talvez até uma coisa de cada vez, mais focado e com muito comprometimento. Muita orientação detalhada, estando fundamentado no momento, não apenas no futuro, como costumam fazer. Isso pode acontecer.
Setes que se desenvolvem chegam lá. Mas é claro que, na personalidade, enquanto eles ainda não chegaram lá, é tudo o oposto.
Isso é uma ótima explicação do que acontece quando os Setes fazem algum trabalho interior. Eles podem ser muito equilibrados e ainda muito positivos e felizes, mas com tudo isso vindo de um lugar mais profundo, de um lugar onde são capazes de se concentrar e não serem tão hiperativos, onde não precisam prestar atenção em muitas coisas ao mesmo tempo. Às vezes é dito que eles têm Síndrome do Objeto Brilhante. Eles podem ser mais sóbrios, mais realistas do que às vezes quando estão menos autoconscientes.
CONSIDERAÇÕES SOBRE TODAS AS PERSONALIDADES DO ENEAGRAMA
É útil se pensarmos nos nove tipos como paradoxos vivos. Essas descrições que fornecemos são descrições das nove personalidades quando as pessoas não são muito evoluídas. Mas também escrevemos sobre o caminho do desenvolvimento, e o que acontece com cada tipo, quando o seguem.
Existem dois lados e eles são como dois polos, e nós estamos entre eles, de alguma forma. Muitas vezes, mais perto da personalidade, mas às vezes, no meio. E isso nos traz a compreensão de que existe uma tensão interna entre dois conceitos de quem eu sou. E entender essa tensão, até mesmo maximizar essa tensão tem a ver com um bom trabalho interior.
O Eneagrama precisa ser pensado como tendo duas dimensões, ou pelo menos duas, uma a horizontal, em que existem nove tipos diferentes e todos os tipos são essencialmente iguais em termos de suas capacidades e seus desafios, mas também uma dimensão vertical, na qual existem diferentes níveis de consciência. Precisamos sempre pensar nisso.
O que descrevemos neste artigo é um arquétipo de um nível intermediário. Quando estão menos autoconscientes, podem parecer diferentes de quando fizeram algum trabalho interior. Como eles também podem ter uma aparência diferente em termos de como são quando estão mais saudáveis. Portanto, é importante lembrar disso e estamos felizes por estarmos terminando nesse ponto.
ALGUMAS RELAÇÕES COMUNS ENTRE AS PERSONALIDADES
SEIS E NOVE
Esses dois tipos são os que geralmente têm mais dificuldade em saber se são Seis ou Nove, e muitas vezes se restringem a essas duas opções e não sabem para onde ir. Alguns Noves, embora todos pensem que estão calmos, pensam que estão um pouco ansiosos por dentro. E alguns Seis, especialmente os Seis autopreservação, tendem a ser muito agradáveis. Não por dentro, mas por fora, parecem pessoas muito calmas e às vezes se confundem com Noves.
DOIS E SEIS
Às vezes eles se parecem porque os Seis podem ser muito calorosos e amigáveis, e os Dois também podem ser um pouco duvidosos. Mas tem a ver com subtipos, especialmente o subtipo de autopreservação para ambos.
SeTE E DOIS
Às vezes, Setes e Dois se confundem porque são otimistas e positivos. Ambos podem ser um pouco hedonistas, especialmente o Dois autopreservação. O Sete social, em particular, pode ser mais voltado para o serviço, ou focado no apoio aos outros, muitas pessoas pensam que são Sete e acabam se descobrindo Dois, geralmente este é o caso. De vez em quando alguém que pensa ser Dois acaba sendo um Sete, geralmente um Sete social.
UM E CINCO
Geralmente isso diz respeito ao Um social, que pode parecer muito com um Cinco. Mas há pessoas que pensam que são Cinco e acabam sendo Um, ou pensam que são Um e acabam sendo Cinco. Existem algumas semelhanças em termos de ser intelectual, em termos de gostar de ficar sozinho e trabalhar de forma independente, querer que as coisas sejam de uma certa maneira, coisas assim.
SEIS E UM
Costumamos dizer que, para o Seis, 10% do risco ocupa 90% do espaço livre da mente, e para o Um é algo semelhante, é difícil dizer a diferença, pois 10% do erro ocupa 90% do espaço mental. Às vezes, é complicado porque o resultado final pode ser semelhante. Agora, os Dois podem ser ansiosos e o Um, embora seja um tipo corporal, pode parecer ser um pouco mais mental. Então, sim, as vezes há alguma confusão em torno disso. E os Seis podem ser muito responsáveis e zelosos, e isso pode ser visto como perfeccionismo.
QUATRO E TRÊS
As pessoas não ficam muito em dúvida entre esses Dois tipos conscientemente, mas muitos erros são cometidos por causa dessa combinação Quatro e Três. Nem tanto os Três pensam que são Quatros, mas mais os Quatros que pensam que são Três, especialmente os Quatro autopreservação.
TRÊS E OITO
Especialmente o Três social. Oito e Três podem ser muito assertivos, diretos e trabalhadores. Muito orientados para a ação, orientados para objetivos, muito competitivos, até agressivos em alguns casos. Então é comum alguém não conseguir decidir se é um Três ou um Oito, especialmente se estiver em uma posição de liderança, já que ambos são tipos que você encontra muito entre os líderes.
NOVE E DOIS
Porque esses dois tipos olham para fora. Muitas vezes para outras pessoas, eles perdem o contato consigo mesmos, de maneiras diferentes, mas perdem. Eles são orientados para o exterior, e ainda há muitas outras semelhanças entre os Dois e os Noves. Dois e Nove podem ser muito parecidos por fora.
TRÊS E SETE
Esses dois tipos são muito positivos e otimistas, olham muito para o futuro, fazem muitas coisas ao mesmo tempo e costumam ser multitarefas. E eles podem não apenas ter uma perspectiva positiva, mas também se comunicarem de maneiras positivas. Às vezes dizemos principalmente para os Três que o padrão de comunicação deles é como uma publicidade, porque parecem ser autoconfiantes e felizes consigo mesmos. Portanto, os dois se parecem, de alguma maneira, embora existam muitas diferenças importantes. Uma delas nós contamos em forma de piada, que é que os Três precisam que outras pessoas gostem deles, enquanto os Sete gostam tanto de si mesmos que não precisam necessariamente que os outros gostem deles.
Embora os Três mudem de forma o tempo todo, e ajam de maneira diferente para pessoas de grupos diferentes, os Setes não fazem muito isso. Na verdade, eles tentam fazer com que outras pessoas mudem para se adaptar a eles. Então, Setes são conhecidos por lidarem com pessoas de diferentes níveis na hierarquia da empresa da mesma forma, desde uma pessoa simples até o presidente, sem nem adaptarem a linguagem. Eles não tomam cuidado com isso.